quinta-feira, 22 de março de 2018

Boas conversas geram bons acordos





As formas são apenas maneiras de viabilizarmos algumas coisas que queremos executar.

Não são um fim em si mesmo, apenas um caminho a percorrer para alcançar o objetivo.

Temos que ter a mente aberta para encontramos novas formas, mais viáveis, mais práticas, menos onerosas, menos desgastantes de resolver nossos problemas.

Penso que a existência do equilíbrio e do respeito é algo  muito importante na hora de escolher a forma como iremos tratar um assunto, pois tudo que é excessivo ou desrespeitoso nos cobra um preço amargo.

Vejo que enquanto nos desgastamos pensando na melhor maneira de fazer algo, muitas vezes acabamos deixando passar o tempo que precisávamos para fazer, Assim, aquilo que deveria ser feito acaba não acontecendo e, se acontece, nos deixa tão cansados e desgastados que nem usufruímos da nossa conquista. 

Por este motivo indico que as partes envolvidas em um conflito busquem ajuda de profissionais com uma visão pacificadora e conciliatória e com condições de intermediar a conversa entre interlocutores que talvez não estejam com nenhuma disposição de conversar com a parte adversária, mas que também não querem levar o conflito para ser decidido por um juiz.

Penso que as melhores coisas da vida têm uma dose generosa de espontaneidade de conforto e de paz.

Buscar a paz e o conforto é viável para todas as áreas da nossa vida e isso inclui as questões jurídicas, que apesar de parecerem tão sisudas, nada mais são do que a nossa busca mais profunda pela concretização do nosso direito e o respeito por este direito.

Neste sentido, a paz e o respeito que buscamos podem ser alcançadas através de um processo no qual as boas palavras e o comportamento equilibrado podem pautar todas as conversas e  tomadas de decisões, mesmo que para isto seja necessário que o advogado intervenha toda vez que a conversa extrapola o limite do respeito.

Para que uma negociação equilibrada aconteça é necessário superar os rancores e as mágoas do passado para se buscar uma solução objetiva que nos traga referências para o futuro.

Caminhar de maneira amistosa nesta busca do ajuste objetivo das questões que precisam ser tratadas nos processos de separação, de inventários, de definição de guarda e visita dos filhos e nos contratos em geral, é o que proponho. 

Nesta caminhada, busco oferecer as ferramentas seguras  que se prestam para proporcionar os ajustes necessários a fim de que as relações e soluções necessárias aconteçam alicerçadas no respeito do qual todos nós temos direito.

Entre as ferramentas possíveis estão os acordos extrajudiciais que são negociados com calma e participação efetiva dos envolvidos. Este acordo é criado passo a passo no escritório gerando um documento seguro e confiável para as partes, seja através de uma escritura pública, um contrato particular ou uma homologação judicial do acordo.

O acordo acontece sem as desgastantes idas ao fórum em audiências que tiram a paz dos envolvidos e sem o risco de uma decisão indesejável, já que foram as próprias partes que tomaram a iniciativa de construir um acordo em comum para a situação em conflito.

terça-feira, 20 de março de 2018

Exigências sociais e liberdade

Exigências sociais e liberdade

                                                                                     imagem: pixabay

A cobrança social nos priva de muitas coisas e nos obriga a outras tantas que na verdade não nos interessam, apenas cedemos à pressão dos outros. 

Passamos longos anos da nossa vida movidos pelo impulso do comando social. 

Há sempre um status determinado socialmente para ser alcançado, seja na forma física; na condição financeira; no desenvolvimento espiritual; na carreira profissional. 

Mas há um momento em que alguns despertam para a liberdade e o desapego às exigências sociais e conseguem viver com mais leveza. 
                                                                                     imagem: pixabay


Infelizmente, para muitos só acontece quando estão idosos e já perderam grande parte de sua vitalidade. 

Para que nos libertemos da pressão social, entre outras coisas, é necessário e livrar do condicionamento imposto pela opinião dos outros. Não é tarefa fácil, pois os sistemas sociais são organizados de forma a avaliar e escolher “os melhores” e a maioria de nós precisa do status que algum sistema possa nos conferir. 

Assim, nos inserimos em um sistema e muitas vezes abrimos mão de sentimentos preciosos do nosso ser mais íntimo e nos rendemos à imposição do grupo. 

Penso que tudo isso é muito próprio do ser humano. Porém, ao mesmo tempo em que a busca pelo status social nos impulsiona a conquistar algo, ela nos condiciona e não nos   permite ver   que esta busca se transforma no nosso ideal de vida e muitas    vezes    fazemos    esta busca    de maneira a comprometer nossa saúde física, mental e emocional. 

Para conquistar o status exigido socialmente, saímos do nosso espaço e adentramos no espaço que muitas vezes nos viola o direito de sermos autênticos, pois a autenticidade, muitas vezes não é respeitada no meio social mais amplo. 

Até nosso vigor físico fica comprometido, pois se nossa escolha é pelo status intelectual, as muitas horas de estudo exigidas na maioria das vezes, nos privam de um boa e necessária exposição aos raios solares ou do tempo necessários ao exercício físico, fatos estes que nos trarão sérios prejuízos a saúde. 

Hoje, chegando perto dos cinquenta, já fui criança; já fui jovem; já gerei filhos e já os ajudei e ainda ajudo no crescimento e desenvolvimento. Tenho convivência quase diária com meus pais idosos (93 e 78 anos) e vejo claramente que esse encadeamento de fatos vai nos levando a manter só o que é essencial e, essencial é muito pouco diante de tudo que nos preocupa. 

Meus pais, se tinham muitas vaidades, sobraram muito poucas: o vigor físico se foi e a dependência de ajuda dos filhos para muitas atividades chegou. O corpo se tornou limitado como naturalmente acontece com todos os que envelhecem. Meu pai e minha mãe sempre gostaram de plantar, os dois sempre tiveram uma horta muito bem cuidada com muitas verduras e legumes; milho verde na estação própria; feijão crioulo; árvores frutíferas e sempre um bonito jardim. Meu pai ainda consegue plantar algumas coisas. Este ano que passou ele ainda plantou um pequeno mandiocal e um milharal do qual fizemos algumas pamonhas. Já minha mãe passa por dias de muito poucas atividades, pois fraturou a coluna e pouco consegue caminhar. 

Meus pais foram sempre bastante religiosos, mas se isso algum dia lhes foi motivo de vaidade, até aí sobrou somente o essencial: a fala direta com Deus, sem intermediações; sem julgamentos externos, pois praticamente eles nem conseguem ir na igreja e os irmãos de caminhada que nutrem amor puro por eles e desejam ir vê-los na casa deles, de vez em quando aparecem para lhes fazer um agrado. 

Visualizando todas estas vivências concluo que é aos poucos vamos aprendendo a sermos coerentes com nossas condições e assim vivermos com menos vaidades e ansiedades. 

Amizade depois da separação


Mesmo que a separação seja inevitável é possível conduzir o processo de forma a manter o respeito e a consideração que facilitará todos os encontros do futuro:
                                         imagem: pixabay

Quando um casal que tem filhos se separa, é provável que venham a se encontrar a muitas vezes, seja em uma situação de doenças dos filhos, seja no aniversário, na formatura ou no casamento dos filhos e por aí vai os motivos em que o encontro será necessário.

O advogado que atua na área de família deve ter em mente que, nesta área de atuação, apesar dos temas em litígio, as relações amistosas devem sobreviver às   mudanças    pelas    quais passam o casal e os filhos no momento do conflito.

Deve entender que a dor é sempre inevitável nos conflitos de família, porém a forma como se conduzem as partes e os profissionais no caso, poderão minimizar ou maximizar os prejuízos emocionais.

A família em conflito está muitas vezes submersa em relações nas quais surgem estes conflitos os quais parecem insolúveis para os envolvidos, porém o advogado pode propor saídas que facilitarão a solução destes conflitos.

Por estes motivos, é necessário pensar na superação da crise com menores prejuízos, danos e dores emocionais.

Também é necessário superar o paradigma de que uma parte deve ser perdedora e outra vencedora.

Neste sentido a poesia de Verônica A. da Motta Cezar a seguir, busca demonstrar a importância da preservação de alguns laços, mesmo depois que algum rompimento se torna necessário:



É possível que eu já não te queira mais,

Como você a mim. Não é o que importa.

Dá dor e dói, mas a dor se suporta,

Nem que seja preciso analgisar

È possível que apenas um de nós

Não queira ao outro e isso ainda é mais triste,

Deixando num dos dois a frustração,

No outro, um fogo fátuo de alívio,

Pelo desmoronar do duplo sonho.

O que não é possível é que nos acusemos,

Que nos apontemos, dedo em riste,

Que nos fulminemos com o olhar,

Esquecendo tudo o que de bom já houve.

O que não é possível é que nos destruamos,

A nós, que, em outros tempos, nos amamos,

E cada qual, a si, p'ra ver o outro morto,

Desmerecendo os braços que, um dia, foram um porto,

Jogando pelo ar tudo que construímos.

E construímos mais que sonhos, nessa estrada,

Transportamos amor por esses trilhos,

Deixamos marcas, por onde passamos,

E a mais viva delas são os nossos filhos.

Que continuarão nossos, vida toda,

Precisando de nós, em cada idade,

Como seu norte e bússola, rumo à felicidade,

Sua rosa dos ventos, o seu cais.

Seremos pai e mãe por todo o sempre,

Mesmo entrando p'ro rol dos ex-casais.

Isso nada nos tirará, nem mesmo a morte,

Relação eterna e sem corte,

Que a nossos filhos só beneficiará.

Se fomos meio de procriação,

Que na criação sejamos timoneiros,

Guiando com firmeza, a quatro mãos,

O barco da vida de nossos herdeiros.

E até que, sós, o possam conduzir,

E, para sempre, em evento, idade ou estado,

Possamos nós, ainda que ex-casal,

Enquanto pais, andarmos, lado a lado.

(MOTTA, 2007)

Sobre as palavras




Sobre boas palavras:

A resposta delicada acalma o furor, mas a palavra dura aumenta a raiva.

As palavras do sábio tornam o conhecimento atraente, mas o tolo só diz bobagens.

As palavras bondosas nos dão vida nova, porém as palavras cruéis desanimam a gente.

A pessoa de mau gênio sempre causa problemas, mas a que tem paciência traz a paz.

Saber dar uma resposta é uma alegria; como é boa a palavra certa na hora certa!

O Senhor detesta os pensamentos dos maus, mas gosta de palavras bondosas.

Um olhar amigo alegra o coração; uma boa notícia faz a gente sentir-se bem.

Quem rejeita conselhos prejudica a si mesmo, mas quem aceita a correção fica mais sábio.

Quem teme o Senhor está aprendendo a ser sábio; quem é humilde é respeitado.


(Versículos do capítulo 15 do livro de Provérbios - Bíblia NTLH)
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA COM ATUAÇÃO PREVENTIVA, CONSULTIVA E CONCILIATÓRIA PARA SOLUÇÃO DE CONFLITOS - ESPECIALIZADO  NA ÁREA  DE FAMÍLIA E SUCESSÕES; CONTRATOS EM GERAL; ASSESSORIA EM ESCRITURAS PÚBLICAS E DOCUMENTAÇÃO IMOBILIÁRIA


imagem: pixabay

No Direito muitas soluções podem ser alcançadas com negociações e documentos diversos.

Em muitas das vezes não há a necessidade de se ingressar com um processo judicial. 

Mesmos nas situações nas quais a legislação exige a intervenção do Poder Judiciário, mesmo assim é possível que as partes envolvidas estipulem por iniciativa própria todas as cláusulas de um acordo, levando ao Judiciário um documento pronto apenas para homologação do Juiz.

Desta forma a situação se regulariza de forma mais rápida, mais barata e principalmente menos estressante para as partes. Enquanto um divórcio pode sair em 2 semanas pela via extrajudicial, ele pode levar anos na via judicial.

A pessoa envolvida em um conflito sempre pode tomar a iniciativa de resolver este conflito de maneira amigável.

Em algumas vezes, as partes envolvidas não sabem exatamente quais seus direitos ou não desejam negociar pessoalmente com a outra parte. É nesta situação que um advogado conciliador faz toda diferença, pois irá propor soluções previstas na lei e poderá intermediar tanto a iniciativa de se negociar como todas as conversas, até se chegar em um acordo.

O conflito existente  entre  as pessoas pode ser resultado de um contrato que se deseja alterar, ou de um incômodo de um vizinho; pode ser resultado do fim de um relacionamento de casamento ou união estável; pode ser a respeito da guarda de crianças; pode ser quanto a divisão de bens em um inventário.

O escritório busca junto com o cliente a melhor solução para as partes envolvidas em um conflito.

As intervenções são realizadas sempre que possível, no terreno amigável, evitando-se a litigância.

Mesmo quando uma das partes prefere ser assistida por advogado diferente da outra parte, mesmo assim é possível através de práticas colaborativas entre os advogados, se chegar a um acordo amigável.

Dispomos dos seguintes serviços no escritório:
Atuação em:
- Inventário e partilha judicial; 
- Inventário e partilha extrajudicial;
- Divórcio judicial;
- Divórcio extrajudicial;
- Dissolução de União Estável;
- Elaboração e revisão de contrato de união estável;
- Escritura Pública de União Estável;
- Elaboração de pactos antenupciais para regular o regime de bens no casamento;
- Cautelar de Sequestro de Bens;
- Guarda unilateral e compartilhada;
- Guarda provisória e definitiva;
- Ação de alteração de guarda;
- Regulamentação de visitas (pais e avós);

- Elaboração e assessoria em contratos diversos (locação, compra e venda,         parcerias, prestação de serviços, etc);
- Acordos e ação judicial de pensão alimentícia;
- Adoção;
- Busca de acordos em todas as áreas nas quais é possível a via amigável.

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